terça-feira, 29 de março de 2011

#30 segonds from Mars In BRAZILLLL


Jared Leto canta Zeca Pagodinho no palco: 'gosto da energia do samba'

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São Paulo - Jared Leto, Shannon Leto e Tomo Milicevic mostraram que estão mais do que ambientados com o Brasil. Algumas horas antes do show que fizeram no HSBC Brasil, em São Paulo, na noite do último domingo (27), os integrantes do 30 Seconds to Mars mostraram que têm o samba no pé, ou pelo menos estão dispostos a aprender o ritmo. 

Sem precisar de pedidos, o vocalista e também ator Jared puxou um coro improvisado da música Faixa Amarela, de Zeca Pagodinho, e começou a rebolar e a mexer os pés freneticamente. "Gosto da energia do samba", falou. A dança, porém, não agradou seu irmão Shannon, que o interrompeu e disse: "aprenda como é que se faz", antes de apontar os dedos indicadores para cima e esboçar passinhos de lá para cá. Mas, foi o guitarrista Tomo quem mostrou mais jeito para a coisa. Afirmando estar envergonhado pelo desempenho de seus companheiros no samba, ele testou um truque famoso e rebolou enquanto dava seus passinhos formando um quadrado no chão. "O segredo está na harmonia dos quadris com os pés", afirmou.
Foto: terra
Trio diz que é fã de açaí e samba | Foto: Terra
Vocês estão empolgados para tocar no Brasil?
Jared - Muito empolgados. Estamos há quatro anos sem tocar no Brasil, sentimos saudades. Ficamos surpresos que os ingressos para os shows se esgotaram tão rápido, isso foi muito gratificante. Já viemos sabendo que teríamos que recompensar o público por essa demonstração de carinho. Estamos orgulhosos de nós mesmos por conseguir contagiar as pessoas com o nosso som e ao mesmo tempo agradecidos por tudo o que fazem por nós. Demos uma olhada na fila do lado de fora desta casa de shows e uau! As adolescentes gritando nossos nomes, cantando nossas músicas, chorando por nós. Tudo isso é demais!

O que vocês esperam dos shows em São Paulo e Rio de Janeiro?
Shannon - Nem consigo expressar, nós esperamos muito. Queremos um estado de êxtase tanto para o público quanto para nós e vamos fazer a nossa parte para isso. Os shows no Brasil são sempre muito contagiantes, a energia é algo diferente dos outros países. Ficamos pensando em como essa sintonia é realmente grande porque nem cantamos na mesma língua do País e mesmo assim conseguimos sentir as pessoas na mesma vibração que a gente. O Brasil é uma loucura!

Em 2007 vocês lançaram no Brasil o CD A Beautiful Lie e agora estão apresentando um novo trabalho, This is War. Quais são as diferenças entres esses dois álbuns?
Tomo - São muitas coisas. Todos nós mudamos no sentido profissional. Nós aprendemosmais sobre nossos próprios instrumentos musicais e como trabalhá-los para fazer um som de qualidade. Jared se tornou milhares de vezes melhor cantando e nós ganhamos reconhecimento, com isso tivemos que fazer valer a confiança e o carinho que as pessoas estavam depositando em nós. E além disso, eu ganhei músculos e meu cabelo cresceu.
Jared - Nós temos mais músicas, temos mais trabalho para mostrar aos fãs e muito mais experiência para subir ao palco.

Jared, você também trabalha como ator. Qual é a importância da atuação em cima do palco?
Jared - Quando estou no palco tento usar aqueles aprendizados de cena, tanto sobre dicção quanto sobre comportamento. Eu trabalho para as pessoas, sem o retorno delas, não vale de nada. Grande parte do que está no palco com a banda veio dos diretores incríveis com quem trabalhei. Mas, cantar tem muito mais a ver com ser você mesmo, e não atuar. Ser ator é interpretação, é se basear em um roteiro e trabalhar suas características em cima disso. Cantar é totalmente o oposto, é não ter roteiros, é sentir aemoção e deixar seus sentimentos aflorarem.

Em algumas entrevistas recentes a redes de televisão norte-americanas, vocês disse que pirou. Quando e como isso aconteceu?
Jared - Quando você põe sua vida toda em algo, como eu pus nesse álbum, há um momento em que você não sabe no que se transformou, não sabe se continua sendo você ou se virou o próprio trabalho, às vezes perde-se a noção do que se está fazendo. Eu não sabia mais. Simplesmente isso.

This is War tem um pouco mais de violência no rock em relação aos outros trabalhos. Isto é proposital?
Jared - Sim, foi tudo muito bem pensado. É uma coisa intencional. O álbum nasceu de um conflito que estávamos vivendo. Giramos o mundo em turnê, vendemos 3,5 milhões de CD's e, quando chegamos em casa, ainda devíamos dinheiro. Foi então que entramos em pé de guerra com a gravadora. Mas, acho que a guerra é uma nova maneira de ver as coisas. O fracasso é um ótimo professor.

Vocês já fizeram turnê com bandas como Muse, Phoenix, Metric e Vampire Weekend. Qual a relação de vocês?
Shannon - Nós flertamos. Não, é brincadeira. Com esse lance de estar na estrada, é difícil manter amizade com outros grupos que também estão trabalhando. A rotina é extremamente agitada, mas nós temos uma boa convivência e nos encontramos quando dá.

O que vocês mais gostam no Brasil?
Jared - Açaí, com certeza nós gostamos de açaí. Gostamos das pessoas e das mulheres também, são todas lindas!

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